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Compromtida e visceral, a escritora de “alma preta” de Odailta Alves faz pulsar a força polítca da esperiência diaspórica negra e feminina. Da provocação do título ao seu conteúdo, cada palavra dessa poeta produz um gesto de contraviolência à investiga genocida/epistemcida do estado colonial brasileiro. Assim, Nenhuma palavra de amor guarda na estética da precariedade, da falta, vontades de liberdade, através de versos que expressam lutas cotidianas pela sobrevivência e muito amor à humanidade.
Na cidade de Recife, suas memórias pretas trançam em língua portuguesa a escrevivência atravessada pela força ancestral, e fazem emergir da matéria violenta do cotidiano racista, machista e excludente tensões que explodem entre as experiências históricas e estéticas marcadas por silenciamentos diversos. Poderia arriscar que a poética da autora é do fluxo das vozes negras diaspóricas do hip hop enquanto potência cultural periférica, que escancara as existências precárias e potentes de corpos negrxs nas cidades do mundo.
Silvana Carvalho da Fonseca
Peso | 150 g |
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