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Este livro busca contribuir com um debate que, embora já tenha sido amplamente trabalhado em diferentes conceitos teóricos de ordem multidisciplinar, é peça importante para a manutenção do racismo: o estereótipo. Dessa forma, esta obra atualiza o período escravocrata em novas dimensões sociais, evidenciando que a representação da escravidão no Brasil trouxe, desde os primórdios, para o universo da comunicação, da antropologia, das imagens brasileira, da história da arte brasileira, da análise filosófica e das linguagens, detalhes que são aqui cuidadosamente investigados. Mais precisamente, a escrita deste trabalho compartilha como uma parte dos corpos negros – os pés – destacam-se nas iconografias artísticas de Debret, obras que por cerca de dois séculos vem sendo emolduradas e aclamadas em publicações brasileiras, incluindo grande quantidade de livros didáticos. A especificidade desse conjunto iconográfico nos desafia, impreterivelmente, a seguir as exigências da imparcialidade.[…] Os estereótipos impostos ao povo negro no Brasil é um fenômeno de comunicação que pode ser observado ao longo da história da formação da sociedade brasileira, tão nítido é a identificação desses quanto urgentes são os passos em direção a sua decolonização. A discussão aqui, portanto, trata-se de entender a capacidade humana de produzir imagens e significados que incluem complexos sistemas simbólicos, nos quais uma vasta rede de comunicação está constantemente interligada.
Peso | 192 g |
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Dimensões | 16 × 23 mm |