Coleção Monográficas

Coleção DasPretas 2020 – lançamentos em breve
10 de maio de 2020
Leitura solidária contra a covid-19
20 de junho de 2020
Coleção DasPretas 2020 – lançamentos em breve
10 de maio de 2020
Leitura solidária contra a covid-19
20 de junho de 2020
A COLEÇÃO MONOGRÁFICAS tem como princípio o estímulo intelectual através do reconhecimento do mérito acadêmico e científico das monografias que, a partir da incorporação e ampliação de novos temas, permitem a atualização dos conhecimentos produzidos e contribuem para a popularização das pesquisas no/sobre o Brasil. Neste primeiro momento, serão publicadas onze monografias produzidas na área das Ciências Sociais e Direito.
A coleção foi idealizada e é coordenada pela Socióloga Fernanda Santiago através da Editora Segundo Selo.

CIÊNCIAS SOCIAIS:

Livro – 01

TÍTULO: Vozes plurais: subjetividades, espaço escolar e práticas culturais

AUTORA: Adriana Carvalho da Silva

“Vozes plurais: subjetividades, espaço escolar e práticas culturais é um texto etnográfico que aborda práticas de ensino, orientações políticas pedagógicas e os processos de subjetividade e sociabilidade escolar dos educandos em uma instituição no Recôncavo da Bahia. A obra demonstra que os aspectos socioculturais da escola é um campo fértil para os estudos antropológico.”

Adriana Silva.

Livro – 02

TÍTULO: Festa da Virgen Del Carmen de Paucartambo (PERU): um estudo de inspiração etnográfica.

AUTOR: Danilo de Santana Cardôso

“Movidos para os países andinos, Bolívia e Peru, através da sensibilidade do olhar do escritor,  somos convidados a vivenciar o processo de imersão nesses espaços sociais e a conhecer  a mais afamada festa andina dedicada a Virgen del Carmen, que é  um verdadeiro espetáculo do povo paucartambino para representar partes essenciais de sua história.  As máscaras,  as danças, a comida, os grupos musicais e outros variados fenômenos  nos contam, dentre outros variados aspectos, sobre a colonização, por meio de várias vozes e sentidos, desde os encenados e implícitos, nos fazendo enxergar outros ângulos, aqueles que não cabem em termos simples ou apenas em uma ideia.  Através dessa experiência de enlevo e de penetração que esse livro vai se abrindo em miríades de impressões nos aproximando de forma íntima  e nos colocando diretamente nessa viagem  fértil,  calorosa e peculiar.”

Danilo Cardôso.

Livro – 03

TÍTULO: Mestres do Barro: patrimônio, turismo cultural e o kitsch no Alto do Moura.

AUTOR: Darllan Neves da Rocha

“Assim como de um pedaço de barro se constrói um vaqueiro, um “pãozeiro” ou um boi-bumbá, este livro busca moldar e conectar as estratégias encontradas por mestres, artistas e aprendizes do barro para aperfeiçoar o seu ofício, tanto para dentro, no seu sistema sociotécnico comunitário, como para fora, desdobrando-se em sua relação com os consumidores das peças de barro, a imprensa, os organismos públicos e os processos de políticas institucionais para reconhecimento patrimonial e cultural, numa complexa rede de interações e práticas. Esta obra conecta a realidade local do Alto do Moura com discussões mais amplas nos campos da Antropologia e do Patrimônio Cultural, como a distinção entre arte e artesanato, a categoria de “mestre” do saber fazer artesanal e a relação de comunidades tradicionais com o turismo cultural.”

Carla Gisele Moraes.

Livro – 04

TÍTULO: Mulheres vulnerabilizadas: percepções de violência em contexto de rua, num território de Salvador/BA.

AUTORA: Edicarla Macêdo da Rocha 

“É uma pesquisa que revela uma compreensão bastante complexa das mulheres em situação de rua, usuárias de drogas, do que vem a ser o fenômeno da violência a partir das suas percepções. Embora nem sempre apareçam declaradamente nas suas narrativas as nuances das especificidades de ser uma mulher, negra, em situação de rua, estas se apresentam no conjunto. Todas as faltas e não acessos, por muitas vezes intransponíveis (o desafio é grande demais para uma sociedade assentada sobre bases racialmente escravocratas), e toda invisibilidade imposta, as tornam não mulheres por não estarem adequadas aos perfis institucionais, mesmo daqueles serviços formulados para acolher mulheres…”

Tricia Viviane Calmon.

Livro – 05

TÍTULO: Entre a Terra e o Rio: visibilização do trabalho feminino no Campo.

AUTORA: Greice Bezerra Viana

O livro de Greice Bezerra tem trilha sonora que salta das páginas à medida que se segue lendo há vilarejo ali onde areja um vento bom…. Pau D’arco em muito se assemelha a tantas outras comunidades rurais (familismo, terra/patrimônio, produção familiar, pluriatividade etc.), mas ao deslindar as relações de gênero e sua configuração espacial no território, de terra e de água, a autora pouco a pouco revela o processo de conquistas das mulheres no trabalho e no plano simbólico…” Compositores da canção “Vilarejo”: Antônio Carlos Santos de Freitas / Marisa de Azevedo Monte / Pedro Cidade Gomes / Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho

Ubiraneila Capinan.

Livro – 06

TÍTULO: Bicha velha vira hétero?: etnografia de um clube de sexo para homens.

AUTOR: Paulo Marcos Barros

Esta é uma belíssima e ousada obra – mais do que um trabalho de conclusão de curso – escrita por um cientista social de potência já evidente. Para além de suas competências e habilidades científicas, notórias pelo seu arcabouço teórico, a leveza com que o autor descreve cada etapa e peripécia durante a pesquisa lembra sem muito esforço o grande antropólogo natural de Salvador, Thales de Azevedo, que fazia uma antropologia do cotidiano à sua época. Agora, a antropologia do cotidiano etnografada por Paulo Marcos Barros não tratará de namoro à moda antiga – ele foge totalmente das expectativas ao tratar das negociações (homo) eróticas intergeracionais na contemporaneidade.

Caro leitor, mais do que um exercício analítico para obtenção do título de cientista social, este trabalho assume grande relevância no que tange o caráter científico e social, seduz do início ao final da leitura, e pela descrição detalhada e cuidadosa dos acontecimentos terá sua atenção roubada por essa narrativa poderosa. Nesse sentido, a presente obra contribui na valorização de um fazer etnográfico pouco explorado, visibiliza espaços ignorados e humaniza as subjetividades de seus interlocutores.

Fernanda Santiago.

Livro – 07

TÍTULO: Os Afetos na estrutura burocrática do Estado.

AUTORA: Paulo Francisco de Souza

A discussão conduzida por Paulo Francisco de Souza nesse livro te levará há uma elucidativa crítica à teoria do Estado Moderno proposta por Max Weber (1864-1920), no século XIX, revelando sob um crivo teórico bastante original, e talvez único, os limites da suposta racionalidade burocrática estatal. A partir da teoria dos afetos proposta por Baruch Spinoza (1632-1677), o autor irá conduzi-lo(a) para o cerne do que justifica uma das formas de dominação moderna para Weber, a saber, a razão, ou melhor, o “dever ser” racional, explicitando com uma didática sublime o quanto ela destoa de uma compreensão mais ampla acerca da multiplicidade de elementos que constituem o ser humano. No atual momento político, onde as primeiras décadas do século XXI nos levam a questionar com uma virulência extraordinária o papel exercido pelas instituições políticas na sociedade, e formas de controle cada vez mais sofisticadas surgem a partir da manipulação das nossas emoções, este livro poderá te munir de uma excelente arma da crítica para refletir os fundamentos e a potencialidade coletiva da associação humana. E isto, certamente, demarcará aos questionamentos propostos aqui aquele tipo de atualidade que persiste frente ao tempo.

Pedro Henrique S. S. Machado.

Livro – 08

TÍTULO: Assassinatos de pessoas LGBT na Bahia: dinâmicas de gênero, raça e classe.

AUTORA: Sônia Maria Santos Soares

Sônia Maria Santos Soares atuou como estagiária no Grupo Gay da Bahia no ano de 2015 e 2016. Nesse período contribuiu com o preenchimento das tabelas que produzem o mais importante indicador da violência homotransfóbica no Brasil, os dados de assassinatos motivados pela orientação sexual e identidade de gênero da vítima. De seu Estágio Supervisionado Obrigatório em nosso grupo produziu a pesquisa que dá origem a essa obra, o que muito nos orgulha. Ao decidir analisar os assassinatos ocorridos na Bahia, no ano de 2014, traz uma contribuição interessante para as Ciências Sociais, além de fornecer subsídios cruciais para políticas públicas voltadas para a garantia dos direitos humanos e cidadania plena da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT). Sônia também contribui, nesse livro, para o caloroso debate atual dos fundamentalistas que tentam desacreditar as estatísticas das mortes causadas pela homotransfobia. Nesse livro, o leitor encontrará originalidade, pesquisa empírica cuidadosa, linguagem clara e ao mesmo tempo técnica, revisão bibliográfica suficiente, conclusões coerentes com a discussão do material coletado, acrescida de salutar preocupação humanista.

Luiz Mott.

Livro – 09

TÍTULO: Quilombos na Bahia: processos identitários após a constituição de 1988.

AUTORA: Ubiraneila Capinan

Esta obra de Ubiraneila Capinan, fruto da sua pesquisa como bolsista de Iniciação Científica e Extensão da Universidade Federal da Bahia, e base da sua monografia que lhe concedeu o título de bacharel em Ciências Sociais, traz para o leitor a riqueza dos estudos sobre os processos identitários étnicos e raciais das comunidades rurais quilombolas da Bahia e, particularmente, das comunidades do campesinato negro de Barra e Bananal, localizadas no histórico município de Rio de Contas-BA, reconhecidas como quilombos remanescentes desde dezembro de 1999.[…]

Em síntese, Quilombos na Bahia: processos identitários após a CF/88 se revela não apenas um estudo científico sobre a autorepresentação e suas articulações em torno dos conceitos de Identidade, Sociabilidade e Etnogênese, mas, sobretudo, se apresenta como um instrumento discursivo que tensiona os discursos acadêmicos e as práxis das políticas identitárias.

Lídia Cardel

Livro -10

TÍTULO: índios e Caboclos: a mistura no censo imperial.

AUTOR: Cauê Saleh Freitas

“Este livro é uma narrativa sobre índios, governamentalidade, Estado nacional brasileiro, caboclos, censo etc. Contudo, há mais aqui, é um antropólogo que, à luz do escrutínio de fontes históricas primárias e da historiografia, constrói contextualmente a sua narrativa central acerca dos povos indígenas do Nordeste, no âmbito dos conturbados processos de formação do Estado brasileiro e de estabelecimento de uma sociedade nacional.

Formalmente, é um texto de História, Antropologia, Ciência Política? Um pouco de cada, e aí, a meu ver, eis o mérito, o exercício ousado de interpretar a realidade sem compartimentá-la analiticamente, compreendendo-a multifacetada em sentidos.”

Cloves Macedo Neto

Livro -11

TÍTULO: Teoria Fundamentada: uma análise do discurso do MBL no youtube.

AUTORA: Fernanda Santos Santiago

“O livro Teoria Fundamentada: uma análise do discurso do MBL no Youtube, escrito pela socióloga Fernanda Santiago, traz um pioneiro estudo sobre o MBL no Brasil. Ao estilo dos pequenos livros da memorável Coleção Primeiros Passos, da Editora Brasiliense, Fernanda Santiago revela a história desse movimento. Ela elucida quem são seus líderes, como surgiu esta organização, quais são suas pautas, ideologias e retóricas. Conta-nos como os líderes do MBL foram treinados por instituições transnacionais de interesse ultraliberal. Ainda sinaliza como o domínio das novas tecnologias da informação, recursos financeiros abundantes, treinamento em mobilizações políticas disruptivas oferecidas por think tanks, apoio de partidos políticos do campo da Direita, como PSDB, DEM, bem como das principais redes de televisão do país, possibilitaram que jovens recrutados junto aos segmentos da classe média atuassem como ponta de lança para os ataques que contribuíram para o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e demonização dos partidos de esquerda.”

Cloves Luiz Pereira Oliveira.

DIREITO:

Livro – 12

TÍTULO: : Quem tem casa é caracol: população em situação de rua em Salvador e o conceito jurídico de moradia.

AUTORA: Eugênia Fernandes Bengard

“Em uma escrita sensível no olhar e firme nos enfrentamentos a que se propõe, Eugênia Bengard nos leva às sensações e tensões da vida exposta de quem faz da luta uma afirmação de dignidade nas ruas da cidade negra de Salvador. Mais que isso, a partir do esforço de ecoar as falas de seus interlocutores, que conduzem o livro, ela reposiciona o modo de conceber juridicamente moradia, habitação e casa, a partir dos saberes da população em situação de rua.

O que se vê é uma profundidade interdisciplinar que muito contribui para futuras pesquisas dentro e fora do direito. No livro, a autora expande os horizontes metodológicos do direito à cidade e contribui para driblar lacunas de produção científica em um tema que exige radicalizar a pauta dos direitos humanos e compreender os efeitos perversos que categorias jurídicas podem produzir.

Vinícius de Assis Romão.

Livro – 13

TÍTULO: : Quilombos: resistindo além do silêncio jurídico.

AUTORA: Gildemar Trindade

“Guiado pelas palavras existência e resistência, este livro é um trabalho primoroso do pesquisador quilombola Gildemar Trindade. Percorrendo silêncios e tramando escutas da presença do termo “quilombo” nas constituições brasileiras, o escritor nos convida a pensar a partir do “silenciamento jurídico”, analisando seu impacto nos efeitos da violência física e racial nos territórios quilombolas. Certa feita, Mestre Nêgo Bispo disse: “nossos livros saíram dos quilombos e têm que chegar aos Alphavilles! Chegar às universidades e aos shoppings”.

Este livro parece responder a essa máxima no seu potencial de caminhar em comunidades e salas de aula, de chegar em escritórios e órgãos públicos, de contribuir, de modo fundamental, com o debate sobre os direitos quilombolas no Brasil.”

Laura Castro

Livro – 14

TÍTULO: : Sonhos que viram pesadelo: O tráfego de pessoas e a zona do não-ser.

AUTORA: Sabrina Beatriz Ribeiro

“Neste livro, Sabrina Beatriz Ribeiro  dialoga com Frantz Fanon e seu conceito de “zona do não-ser” para  abordar de forma crítica a cidadania, as desigualdades sociais e o racismo, com ênfase no contexto do tráfico de pessoas. A partir de uma perspectiva multidimensional, centraliza o debate nos sujeitos invisibilizados e marginalizados que são as vítimas recorrentes deste crime, como a população negra e a comunidade LGBTIQAPN+.

Com muita sensibilidade nos apresenta um  panorama histórico que desmistifica estereótipos sobre as vítimas e aponta os dilemas da legislação sobre o tema. Convidando-nos a refletir sobre o importante papel que a educação popular e as organizações da sociedade civil têm no combate ao tráfico de pessoas, no acolhimento e  na prevenção de novas vítimas.

Esta é uma reflexão urgente diante das desigualdades estruturais que vivemos hoje.”

Gabriela Costa

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