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Agô,
“é fala no corpo/ além mais/ mais reverência que pedido de licença”.
A poética negra de Jocevaldo Santiago se produz, nesse conjunto de poemas, enquanto devir negro que é ancestral, ético e estético. Abriga na palavra o sagrado, o corpo e o mundo experienciados na pele (re) produzindo sentidos na diáspora negra que vão na contramão da violência colonizatória. Agenciamentos de desejos, invocação das musas, resistência, reexistência atravessam sua literatura negra insurgente com “punhos cerrados”.
Sua poesia é corpo, texto, voz que se entrelaça visceralmente na escrevivência que atravessa a vida negra. Com sua “lâmina doce da escrita” sua poética iniciática é um movimento do espaço tempo corpóreo que abriga a alma e produz, na linguagem, novos afetos.
Silvana Carvalho
Doutoranda em Literatura e Crítica da Cultura na UFBA
Peso | 95 g |
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