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SOBRE O LIVRO:
Nunca antes na história desse país o dito popular “Pra bom entendedor, meia palavra basta” fez tanto sentido quanto no exato instante em que os microcontos de Victor Az ganharam a protuberância de um monumento: se transformaram em livro. Porque o autor referido radicalmente não despreza a inteligência de quem o lê – ressalte-se aqui que tal capacidade, a de não tratar o público leitor como imbecil, é rara –, pois em três, duas e, de maneira precisa, em uma só linha (com pronome, verbo, predicado e adjuntos), Victor Az constrói um mundo de complexidades e possibilidades – tal qual Deus berrando Fiat Lux diante da solidão obscura do nada.
Há quem diga que somente o poeta é capaz de sintetizar a existência. É verdade. Homero, no palavrório da Ilíada e da Odisseia, torna palpável a epopeia da formação cultural ocidental. Victor Az, também poeta, mas aqui na persona de prosador e gozador (com duplo sentido, sim), leva esse poder de síntese às últimas consequências, àquelas que nem a poesia concreta alcançou com precisão, porque, para fugir à formalidade que tanto execrou, resvalou também em fofurices visuais.
Os microcontos de Victor Az ora são brutos, ora são hilários, ora são surreais (no âmago do termo), ora são profundos. Mas jamais incompletos. Dizem muito com tão poucos caractere.
Peso | 350 g |
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