SOBRE O LIVRO:

A transgressão não surpreendeu a quem acompanhava Duda Oliveira – seja nos movimentos desenhados por seu corpo sobre aquele palco, seja nos caminhos de
sua história, transregional e transdisciplinar. Que passa por noites frias e mal abrigadas no Sul do país, pelas Travessias do Sol quente no Nordeste e, mais recentemente, também no Norte. Num percurso que mergulha na Filosofia, na Antropologia e na Educação, como campos da sua formação acadêmica, mas sente e compreende que
as formações estão muito além e também muito aquém das trincheiras da academia.

É essa transitoriedade tão intensa que permite ao filósofo transpassar, com naturalidade pedagógica, conhecimentos ancestrais Africano-Brasileiros, tornando-os caminhos para derivar o fazer filosófico. (Em termos tradicionais acadêmicos, alguém poderia dizer que são arquétipos das tradições africanas que são tomados como categorias filosóficas. Quem transpassa dessa tradição acadêmica para as vivências
africano-brasileiras em filosofia entenderá de pronto que estamos falando sobre algo que está muito além disso.)