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Na história e na crítica literária tradicionais, há certa expressão comum que defende dois tipos básicos de produção literária, uma voltada para as preocupações formais, a qual é creditada à experimentação e à evolução das linguagens e formas artísticas. De outro lado, estaria a literatura engajada, de cunho exclusivamente discursivo e voltada quase sempre para discutir ou expor questões sociais contemporâneas de seu autor.
É desnecessário demorarmo-nos na fragilidade dessa dicotomia, são muitos os exemplos que embaralham e refutam essas afirmações, pois existe na cultura brasileira uma sofisticação estética de manifestações e linguagens tidas como marginais pela cultura canônica e hegemônica. Uma imensa genealogia pode ser listada nessa proposição, que poderia ser brevemente desenhada, partindo dos Racionais Mc’s e Gustavo Black Alien no rap, Pedro Kilkerry no Simbolismo e Arnaldo Xavier na Literatura Negra, Glauber Rocha no cinema, só para citar alguns e poucos nomes de artistas que produzindo fora dos lócus hegemônicos empreenderam experimentos em suas respectivas linguagens.
Jorge Augusto
Docente Instituto Federal do Maranhão
Peso | 225 g |
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